20 Respostas para os principais questionamentos.
I
Martinho Lutero disse que o cânon verdadeiro era o judaico de Jâmnia, discutido e decidido no sul da Palestina. Como pode então os protestantes avalizarem um Concilio Judaico se foram eles que mataram a Jesus? |
RESPOSTA: É fato que o cânon não foi decidido em Jâmnia e se Lutero afirmou isso, ele ficou sozinho nessa. Citamos o maior historiador Judeu do primeiro século, Flávio Josefo (nascido no ano 37 depois de Cristo), que diz: Filo, um mestre judeu alexandrino (20 a.C.- 40 d.C.), citava o AT abundantemente, utilizando quase todos os livros canônicos, mas nunca citou os apócrifos como inspirados. E sim, a Igreja judaica é que tem a autoridade para reconhecer o cânon do AT e não a Igreja Cristã, pois Paulo diz que a eles foram confiados os oráculos de Deus. |
II
Havia outra versão que era o cânon de Alexandria, a versão dos Setenta, também definida por judeus, que tinham 7 livros a mais. Este foi aceito pela Igreja. |
RESPOSTA: a) A mais antiga lista cristã das Escrituras do Antigo Testamento, foi feita por Melito, bispo de Sardes, no ano 170 depois de Cristo; essa lista não inclui nenhum dos apócrifos. A versão síriaca (Peshita) da Bíblia, do século II d.C, não continha os apócrifos. b) Hilário de Poitiers (305-366 d.C.), da mesma forma, não reconhecia os apócrifos. c) Atanásio, bispo de Alexandria e grande líder da Igreja, no ano 367 d.C, listou, em sua Carta Pascal, os livros que faziam parte do AT e citou alguns dos apócrifos (Sabedoria, Judite e Tobias) com a observação de que não faziam parte da Escritura. d) Podemos citar, ainda, Jerônimo, que terminou no ano 404 d.C. uma tradução da Bíblia para o Latim, conhecida como a Vulgata Latina. Esta tradução é até hoje aceita pela Igreja Católica. Jerônimo incluiu os livros apócrifos em sua tradução, mas disse expressamente que não deveriam ser aceitos como parte da Escritura; eram apenas livros úteis e proveitosos para os crentes. Ele diz: "Portanto, a Sabedoria (...) Judite e Tobias (...) não fazem parte do cânon (...). a igreja lê Judite e Tobias e Macabeus mas não os recebe entre as Escrituras canônicas (...) [são] livros úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer doutrinas da Igreja." (Merece confiança o AT, G.L, Archer Jr. Edições Vida Nova, Pág. 76). e) Parece que a única autoridade antiga que defendia que estes livros fossem incluídos no Canon foi Agostinho (e dois concílios regionais, com pouquíssimos representantes, dominados por ele). Mas o próprio Agostinho, apesar de defender a inclusão deles na Bíblia, não os considerava realmente canônicos (inspirados por Deus), como deixa claro em disputa com um antagonista que apelou para um texto de 2º Macabeus; Agostinho responde que “sua causa era deveras fraca se tivesse de recorrer a um livro que não era da mesma categoria daqueles que eram recebidos e aceitos pelos judeus” (Merece confiança o AT, G.L, Archer Jr. Pág. 79). f) O Concílio Geral de Calcedônia, em 451 DC, negou que estes livros fizessem parte do Canon. g) GREGÓRIO,O GRANDE, papa em 600 D.C., citando 1 Macabeus falou que não era um livro canônico. h) A própria Igreja católica reconhece que os grandes Pais da igreja, tais como Atanásio, Gregório, Hilário, Rufino e Jerônimo, adotaram o cânon dos 39 livros hebraicos, excluindo os apócrifos. (Bíblia do Pontífice de Roma, pág. 6). Portanto, fica claro que a Igreja dos primeiros séculos não reconhecia os livros apócrifos como parte da Escritura. E mesmo no século 16, são abundantes os exemplos de líderes católicos que rejeitavam os apócrifos: - O cardeal Ximenis em sua Poliglota Complutense (1514-1517) afirma que os livros apócrifos não faziam parte do cânon. - O cardeal Cajetan, que fez oposição ao reformador Martinho Lutero em 1518, publicou em 1532, uma lista dos livros do AT, que não incluía os apócrifos. Portanto, que história é essa de que os 7 livros apócrifos eram aceitos? |
III
A Igreja através de seus concílios de Cartago (séc IV), Roma (séc. V), etc. decidiram que estes 7 livros deuterocanônicos faziam parte da Bíblia cristã. O Papa Damaso já havia dado a São Jerônimo a incumbência de traduzir o cânon de Alexandria, que deu origem à Vulgata latina. |
RESPOSTA: Então por que motivo, os livros apócrifos foram banidos igualmente pelos "santos" Atanásio, Hilário, Cirilo de Jerusalém, Cipriano, Gregório Nazianzeno e Eusébio, bispo de Cesaréia, Anfilóquio e os bispos reunidos no Concilio de Laodicéia, o qual foi confirmado por um decreto do Concilio Geral em Trulo (Can.2), e que, portanto, é obrigatório para a Igreja de Roma? "Que pecado eu cometi se segui o julgamento das igrejas? Mas ele que traz acusações contra mim por relatar as objeções a que os judeus estavam acostumados a levantar contra a história de Susana, o Cântico dos Três crianças, e a história de Bel e o dragão, que não são encontrados nos volumes hebraicos, provam que ele é apenas um bajulador insensato. Pois eu não estava relatando minha própria visão, mas sim as observações que eles [os judeus] estão acostumados a fazer contra nós.(Contra Rufinus, 11:33 [402 d.C.])., Então vejamos, ele diz que seguiu o julgamento das igrejas, ou seja, diz que ao rejeitar tais livros ele fez o que a igreja do seu tempo fazia. Mesmo a ICAR reconhece isto em várias publicações:
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IV
É uma tremenda bobagem os protestantes afirmarem que estes livros foram incluídos no Concílio de Trento, no séc. XVI, pois lá nos séculos IV, V e VI grandes doutores da Igreja como Sto. Agostinho e São Jerônimo (tradutor da Vulgata) já os citavam em suas pregações e sermões. |
RESPOSTA:
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V
Se Lutero fosse fonte de inspiração para a Bíblia, então os modernos protestantes teriam que arrancar o Livro de Tiago de suas Bíblias, pois Martinho Lutero o considerava um livro perverso por contrariar sua doutrina do “Sola Fide”, já que este livro afirma que a salvação vem tanto pela fé como pelas obras. |
RESPOSTA : Uma das verdades ensinadas na Confissão de Westminster é que os concílios falham, e que a autoridade última é somente a Bíblia. só a Igreja Católica Romana é quem afirma arrogantemente a autoridade apostólica para interpretar as Escrituras e ser fonte de inspiração delas. e)- Lutero em sua tradução da Bíblia concluída em 1534 listou os apócrifos do AT com a observação: “Apócrifos, isto é, livros que não podem ser equiparados às Sagradas Escrituras, mas cuja leitura é boa e proveitosa”. Quanto a isso todas as igrejas protestantes sempre concordaram.
Portanto, o argumento católico acima, é mentiroso. |
VI
Antes de Trento e da Contra-Reforma, vários Concílios eclesiásticos já haviam definido os deuterocanônicos (apócrifos para os protestantes) como livros que pertenciam à Sagrada Escritura. Os concílios de Hipona (393 dC), Cartago (397 dC), Cartago IV (419 dC), Roma (382 dC), Trulos (692 dC), Florença (1442 dC) e finalmente Trento (1545 dC). |
RESPOSTA:
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VII
Se mesmo assim, os protestantes continuarem defendendo o cânon de Jâmnia , então pediremos a eles que retirem de suas Bíblia o Novo Testamento, pois este também não foi aceito pelos judeus da Palestina, já que eles não acreditavam na salvação trazida por Cristo a terra. |
RESPOSTA: Olha [...], nem precisaria ter de dizer alguma coisa depois de já ter respondido esse ad nauseam diversas vezes, mas vou repetir pela milionésima vez: |
VIII
"Protestantes usam argumentos para desmoralizar os Deuterocanônicos e são os mesmos argumentos que os ateus usam para tentar desmoralizar a Bíblia toda, assim como os ateus os protestantes usam as aparentes contradições para tentar desmerecer esses livros sagrados,". |
RESPOSTA: Toda vez que um ateu, um critico, nos levanta um argumento para desmoralizar a Bíblia, nós não ignoramos o argumento dizendo: "você usa as aparentes contradições para tentar desmerecer esses livros sagrados"; não! Procuramos provar para ele que o que ele diz, está errado, que não há de fato contradições na Bíblia, e isso é o que geralmente os católicos não fazem com relação às objeções protestantes. Já bolei perguntas e as viabilizei numa página do face que participo e eles nunca responderam, então as nossas objeções permanecem firmes e sem respostas do catolicismo. veja abaixo: Me respondam, podem pedir ajuda a seus "atorlogistas" (embusteiros que se dizem apologistas)
Tenha em mente que os erros destes livros provam que não são inspirados, pois Jesus disse que a Escritura não pode falhar (Jo 10.35). Nas verdadeiras Escrituras não se encontram erros ridículos como estes. Nem tamanha rejeição como citada acima. |
IX
A posição isolada de um historiador, de um Pai da Igreja, de um Doutor da Igreja, não representa toda a Sagrada Tradição, devido a limitação histórico-geográfica desses indivíduos. |
RESPOSTA: Os livros apócrifos foram banidos do cânon sagrado, quer explicitamente, quer de uma maneira indireta. As opniões citadas acerca dos livros apócrifos, não são de indivíduos isolados, vou repetir alguns e muitos outros poderiam ser apresentados também: -Melito, bispo de Sardis, no segundo século.
“E nos Extratos por ele escritos, o mesmo Militão, ao começar, faz no prólogo um catálogo dos escritos admitidos do Antigo Testamento, catálogo que é necessário enumerar aqui. Escreve assim: ‘Militão a seu irmão Onésimo: Saúde. Visto que muitas vezes, valendo-te de teu zelo pela doutrina, tens pedido para ti extratos da lei e dos profetas, sobre o Salvador e toda a nossa fé; mais ainda, já que quiseste saber dos livros antigos com toda exatidão quantos são em número e qual é sua ordem, pus minha diligência em fazê-lo, sabendo de teu ardor pela fé e teu afã de saber sobre a doutrina, já que em tua luta pela salvação eterna e em tua ânsia por Deus, preferes isto mais do que tudo. Assim pois, tendo subido ao Oriente e chegado até o lugar em que se proclamou e se realizou, informei-me com exatidão dos livros do Antigo Testamento. Ordenei-os e envio-os a ti. Seus nomes são: cinco de Moisés: Gênesis, Êxodo, Números, Levítico, Deuteronômio; Jesus de Navé, Juízes, Rute; quatro dos Reis, dois dos Paralipômenos; Salmos de Davi; Provérbios de Salomão, também chamado Sabedoria, Eclesiastes, Cantar dos Cantares, Jó; dos profetas, Isaías, Jeremias, os doze em um só livro, Daniel, Ezequiel; Esdras. Destes livros tirei os Extratos, que dividi em seis livros’. E é isto que há de Militão”(Conservado por Eusébio em História Eclesiástica, Livro IV, Cap.26, v.12-14). Militão de Sardes cita os livros canônicos do Antigo Testamento, mas deixa de fora absolutamente todos os apócrifos! Ora, este foi o primeiro escritor cristão a tratar do assunto do cânon bíblico do AT em sua ordem exata, e ele deixa de fora todos os livros, sem exceção, daqueles que os católicos chamam de “deuterocanônicos”. O que vemos é a maior comprovação de que, logo no princípio do Cristianismo, os apócrifos já eram deixados da porta pra fora da Igreja em termos de canonicidade.
-Teófilo de Antioquia (120 – 180 d.C)
Em sua carta a Autólico ele sita todos o livros do canon judiaco, mas não menciona nenhum apócrifo, e sobre isso ele sugere o porque: “Basta o que dissemos sobre o testemunho dos fenícios e egípcios, tal como aparece nas histórias escritas sobre nossas antiguidades pelo egípcio Maneton, pelo efésio Menandro e pelo próprio, o cronista da guerra dos judeus, feita contra eles pelos romanos. Através desses antigos demonstram-se que os escritos dos outros são posteriores aos que nos foram dados por Moisés e mesmo aos dos profetas posteriores. De fato, o último dos profetas, chamado Zacarias, exerceu sua atividade no reinado de Dário.Também vemos que os legisladores editaram suas leis posteriormente. Com efeito, se se cita Sólon, o ateniense, este viveu nos tempos dos reis Ciro e Dário, contemporâneo do profeta Zacarias e até muitos anos posterior” (Terceiro Livro a Autólico, Cap.23) Teófilo considerava Zacarias como sendo “o último dos profetas” (pois havia ministrado no último tempo dos livros do AT, sob o reinado de Dário), então ele simplesmente não reconhecia os livros apócrifos como livros proféticos, nem tampouco os “profetas” existentes naqueles livros. Na visão dos primeiros cristãos, a história do Antigo Testamento registrada nas Sagradas Escrituras começa com o Gênesis de Moisés e termina na época dos reis Dário de Ciro – deixando absolutamente de lado os livros apócrifos, que nem sequer mereceram ser mencionados.
-Orígenes de Alexandria (185 – 253 d.C)
“Ao explicar o salmo primeiro, ele [Orígenes] faz uma exposição do catálogo das Sagradas Escrituras do Antigo Testamento, escrevendo textualmente como segue: ‘Não se pode ignorar que os livros testamentários, tal como os transmitiram os hebreus, são vinte e dois, tantos como o número de letras que há entre eles’. Logo, depois de algumas frases, continua dizendo:’Os vinte e dois livros, segundo os hebreus, são estes: o que entre nós se intitula Gênesis, e entre os hebreus Bresith, pelo começo do livro, que é: No princípio; Êxodo, Ouellesmoth, que significa: Estes são os nomes;Levítico, Ouikra: E chamou; Números, Ammesphekodeim;Deuteronômio, Elleaddebareim: Estas são as palavras; Jesus, filho de Navé, Josuebennoun; Juízes e Rute, para eles um só livro: Sophtein; I e II dos Reis, um só para eles: Samuel, O eleito de Deus; III e IV dos Reis, em um: Ouammelchdavid, que significa Reino de Davi; I e II dos Paralipômenos, em um: Dabreiamein, isto é: Palavras dos dias; I e II de Esdras em um: Ezra, ou seja, Ajudante; Livro dos Salmos, Spharthelleim; Provérbios de Salomão, Meloth; Eclesiastes, Koelth; Cantar dos Cantares (e não, como pensam alguns, Cantares dos cantares), Sirassireim; Isaías, Iessia; Jeremias, junto com as Lamentações e a Carta, em um: Ieremia; Daniel, Daniel; Ezequiel, Iezekiel; Jó, Iob; Ester, Esther. E além destes estão os dos Macabeus, que são intitulados Sarbethsabanaiel’" (História Eclesiástica, Livro VI, 25:1,2).
No quarto século, baniram-nos igualmente os "santos" Atanásio, Hilário, Cirilo de Jerusalém, Cipriano, Gregório Nazianzeno e Eusébio, bispo de Cesaréia, Anfilóquio e os bispos reunidos no Concilio de Laodicéia, o qual foi confirmado por um decreto do Concilio Geral em Trulo (Can.2), e que, portanto, é obrigatório para a Igreja de Roma.
No quinto século: São Jerônimo e Epifánio. No sexto: Junílio, bispo africano, e alguns mencionam também Isidoro, bispo de Sevilha. No sétimo: Temos nada menos que a autoridade do próprio Papa Gregório, o Grande. A mesma edição Vaticana das obras de Gregório prova que ele não admitia os livros "apócrifos". No oitavo: João Damasceno, fundador da teologia escolástica entre os gregos, e Alcuíno, abade de São Martinho de Tours, na França. No nono: Nicéforo, patriarca de Constantinopla, e a "Glosa Ordinária", começada por Alcuíno, ou por Estrebão, e concluída por vários escritores. No décimo: O monge Flaviacense e Élfrio, abade de Malmesbury. No décimo primeiro: Pedro, abade de Clugni. O décimo segundo: Hugo de São Vítor, Ricardo de São Vítor, Roberto, abade de Duits e autor da "Glosa" sobre Graciano e da versão inglesa da Bíblia que existe na biblioteca da Universidade de Oxford. No décimo terceiro: O cardeal Hugo e São Boaventura. No décimo quarto: Ricardo Fitz Ralph, arcebispo de Armagh e primaz da Irlanda, Nicolau Lira e Viclef No décimo quinto: Tomás Valdense e Dionísio Cartusiano. No décimo sexto: Temos o famoso cardeal Caetano. Este ilustre prelado da Igreja Romana escreveu um comentário sobre os livros históricos do Antigo Testamento, oferecido ao Papa Clemente VIII. Este livro foi publicado só doze anos antes de reunido o Concílio de Trento. Na dedicatória, o cardeal faz sua a regra de São Jerônimo, relativa à clara distinção que este faz entre os livros canônicos propriamente ditos e os "apócrifos".
Portanto não se sustenta dizer que estes testemunhos são obscuros, isolados e limitados, pois mostram bem que muitíssimos líderes importantes e destacados da igreja rejeitavam os apócrifos. |
X
A interpretação última das Escrituras e da Sagrada Tradição pertencem ao Magistério da Igreja, nós confiamos nos sucessores dos Apóstolos, nós católicos não somos protestantes que julgam ter cada um a autoridade apostólica. |
RESPOSTA: Onde a Bíblia ensina isso??? e onde os protestantes afirmam ter autoridade apostólica para intrepretar a Bíblia? Uma das verdades ensinadas na Confissão de Westminster é que os concílios falham, e que a autoridade última é somente a Bíblia. só a Igreja Católica Romana é quem afirma arrogantemente a autoridade apostólica para interpretar as Escrituras. |
XI
Os protestantes dizem que o Concílio Geral de Calcedônia, em 451 DC, negou que estes livros fizessem parte do Canon.', isso é uma inverdade, não sei de onde os protestantes tiram isso, eu acabei de reler os cânones do Concílio de Calcedônia e não encontrei absolutamente nada que confirme isso! |
RESPOSTA: Segue a confirmação, se estivermos errados, gostariamos muitíssimo de sermos corrigidos: O Concílio de Laodicéia no Ano 367, Can. LX, Labb. et Coss., tom. 1, coluna 1507, rejeita os livros apócrifos, Paris, 1671. O Concílio de Calcedônia no Ano 451, confirma os cânones do Concílio de Laodicéia; Art. 15, de can. 1, Labb. Conc. IV, Paris, 1671. ou seja: Calcedônia disse que Laodicéia estava certa ao rejeitar os apócrifos.
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XII
Saibam vocês protestantes que o livro do Apocalipse foi excluido no Concílio de Laodicéia e só voltou ao cânon no concílio de Cartago. |
RESPOSTA:
Isso é mais uma evidencia de que concílios erram; se os concílios erram, e os papas também, porque deveriamos reconhecer a autoridade deles?
O papa Gregório, o grande, declarou que I Macabeus, um livro apócrifo, não é canônico. O cardeal Ximenes, em sua Bíblia poliglota, exatamente antes do Concílio de Trento, exclui os apócrifos e sua obra foi aprovada pelo papa Leão X. Será que estes papas se enganaram? Se eles estavam certos, a decisão do Concílio de Trento estava errada. Se eles estavam errados, onde fica a infalibilidade do papa como mestre da doutrina?
Prefirimos ficar somente com a autoridade da Escritura, a qual não pode falhar. |
XIII
Na verdade vocês protestantes ficam com a autoridade da interpretação particular de cada um de vocês individualmente. Por isso existem trinta mil denominações protestantes, cada uma seguindo "apenas a autoridade das escrituras", cada uma dizendo uma coisa diferente das demais e geralmente ensinos opostos, como calvinismo de um lado, arminianismo de outro, uns batizam crianças outros dizem que isso é coisa do demônio, uns fazem casamentos entre homossexuais e outros dizem que isso é do demônio, a lista é infindável... |
RESPOSTA: Esse argumento em nada invalida a autoridade da Bíblia, como afirmamos, é ela que não pode falhar, não a igreja, aliás, a Igreja Católica Romana falhou e falha muito. |
XIV
O Codex Sinaiticus é segundo mais antigo exemplar da bíblia completa, um dos livros que o compõem é o “Livro dos Macabeus” tão rejeitado pelos protestantes. |
RESPOSTA:
É um argumento comum dos católicos dizer que as versões antigas trazem os apócrifos e que por isso eram aceitos, mas, uma investigação mais cuidadosa desta afirmação reduz a autoridade sobre a qual os apócrifos se baseiam a apenas uma versão antiga, a Septuaginta, e àquelas posteriores (como a Itala, a Cóptica, a Etiópica, e a Siríaca posterior) que foram derivadas da septuaginta.
O Códice Sinaítico ("Alef") omite Baruque (canônico segundo Roma), mas inclui 4 Macabeus (não-canônico segundo Roma).
O Códice Alexandrino ("A") contêm três livros apócrifos "não-canônicos": 1 Esdras e 3 e 4 Macabeus.
Então até os três mais antigos manuscritos da LXX demonstram considerável falta de certeza quanto aos livros que compõem a lista dos Apócrifos.
A versão síriaca (Peshita) da Bíblia, do século II d.C, não continha os apócrifos (não confundir com a Peshita posterior). |
XV
Os protestantes tiraram ao decorrer da reforma até o ano 1917 outros livros da bíblia, não do antigo testamento, mas do novo testamento. Novo Testamento (inicialmente rejeitados pelos protestantes, mas posteriormente incluídos em suas Bíblias, no século XX). Hebreus; Tiago; Judas; II Pedro; II João e III João; Apocalipse. Os protestantes rejeitam os livros do novo testamento ‘também’, usando dos mesmos atificios e alegações aos apócrifos. |
RESPOSTA: Esse argumento é ABSURDO: A Confissão Belga, de 1561, o primeiro dos padrões doutrinários da Igreja Reformada da Holanda, no seu art. 4 diz: “A sagrada Escritura consiste de dois volumes: o Antigo e o Novo Testamentos, que são canônicos e não podem ser contraditados de forma alguma. A igreja de Deus reconhece a seguinte lista:” (segue a lista de Gênesis a Apocalipse, excluindo apenas os apócrifos do AT e incluindo todos os 27 do NT). Os 39 artigos, que foram Aprovados na Inglaterra em 1563; ARTIGO VI - DA SUFICIÊNCIA DAS ESCRITURAS SAGRADAS PARA A SALVAÇÃO (...) Pelo nome de Escritura Sagrada entendemos os Livros canônicos do Velho e do Novo Testamentos, de cuja autoridade jamais houve qualquer dúvida na Igreja. DOS NOMES E NÚMERO DOS LIVROS CANÔNICOS Gênesis... (segue até Malaquias sem citar os apócrifos) E os outros Livros (como diz Jerônimo) a Igreja os lê para exemplo de vida e instrução de costumes; mas não os aplica para estabelecer doutrina alguma; tais são os seguintes: III Esdras - IV Esdras - Tobias - Judite - O restante dos livros de Ester - Sabedoria - Jesus, filho de Siraque - Baruque - O Cântico dos Três Mancebos - A história de Suzana - De Bel e o dragão - Oração de Manassés - I Macabeus - II Macabeus. Recebemos e contamos por canônicos todos os 27 Livros do Novo Testamento, como são comumente recebidos (segue então a lista dos 27 do NT). A Confissão de Fé de Westminster, escrita entre 1643 a 1649 que rapidamente se tornou símbolo de fé para as igrejas reformadas em todo o mundo, no seu capítulo 1º, parágrafo 2º, lista todos os livros do AT e NT, excluindo apenas os apócrifos do NT e incluindo todos os 27 do NT. Lutero em sua tradução da Bíblia concluída em 1534 listou os apócrifos do AT com a observação: “Apócrifos, isto é, livros que não podem ser equiparados às Sagradas Escrituras, mas cuja leitura é boa e proveitosa”. Quanto a isso todas as igrejas protestantes sempre concordaram.
As edições protestantes sempre trouxeram todos os livros bíblicos, apenas agrupando os apócrifos como não canônicos e reconhecendo todos os 27 do NT: João Calvino e todos os outros reformadores sempre confessaram como canônicos os 39 livros do AT e os 27 do NT sem tirar nem por. Portanto, o argumento católico acima, é mentiroso. |
XVI
Os protestantes recusaram alguns livros do Novo Testamento, que só vieram a integrar a bíblia após o ano de 1917, juntamente com o aparecimento das sociedades bíblicas. |
RESPOSTA: Os protestantes nunca recusaram nenhum livro do NT e as sociedades bíblicas não surgiram em 1917, mas em 1804, na Inglaterra, quando foi fundada a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, e desde o princípio sempre reconheceram e publicaram todo o AT e NT. |
XVII
Os protestantes são os únicos na cristandade que não aceitam os deuterocanônicos. Para a Igreja Católica que é composta de 23 Igrejas Autônomas, eles são canônicos, para todas as Igrejas Ortodoxas, para todos os Patriarcados Ortodoxos, eles são canônicos, para todo o restante da cristandade que é completamente independente da Igreja Católica e anteriores ao Concílio de Trento, Igrejas estas que já existiam antes da Reforma Protestante, eles são canônicos, e isto inclui a Igreja Siríaca, a Igreja Etíope e a Igreja Copta. Vocês são o grupo mais recente na cristandade e são os únicos que não tem os deuterocanônicos em sua Bíblia.
Os judeus não têm autoridade para definir o Cânon da Bíblia cristã, quem tem essa autoridade é a Igreja. Nisso a cristandade concorda, todos nós os católicos, os ortodoxos, os coptas, os siríacos, os malankares, os melquitas... ou seja, todas as Igrejas mais antigas que o Concílio de Trento e mais antigas que a Reforma Protestante. |
RESPOSTA: Esses são grupos de judeus, grupos mistos, como os samaritanos, que misturaram a religião judaica com a pagã e são pequenos grupos separados da maioria judaica.
Quanto ao argumento sobre as outras igrejas da cristandade que anteriormente a Trento já adotavam e adotam até hoje os apócrifos como canonicos; até onde se sabe, elas usavam os apócrifos como a Anglicana usa, como livros eclesiásticos, bom para conhecer, mas não como canonicos e jamais para estabelecer doutrina.
Aos católicos que afirmam que para elas eles são canonicos, cabe o ônus da prova; gostariamos que apresentassem os documentos oficiais que comprovem isto (especialmente antes de Trento, já que dizem que elas faziam isto antes deste concílio , mas ,documentos mais recentes tabém gostariamos de conhecer).
Talvez a confusão católica neste argumento esteja no fato de que a Tanakh, é formada de 24 livros, só que esses 24 são os mesmos livros encontrados no AT protestante, apenas a ordem é diferente. A numeração difere poque os cristãos contam esses livros como 39, pois contam como vários alguns livros que os judeus contam como um só. |
XVIII
No Novo Testamente nós encontramos dezenas de citações aos Deuterocanônicos (apócrifos).
Mateus 02:16 - decreto de Herodes para matar crianças inocentes foi profetizado em Sabedoria 11:07 Mateus 07:12 - regra de ouro de Jesus: "fazer aos outros" é o inverso de Tobias 4:15 - "Não faça para ninguém aquilo que você não gosta que façam para você". Mateus 7:16,20 - a declaração de Jesus "os conhecereis pelos seus frutos" segue Eclesiástico 27:6 - o fruto revela o cultivo. Mateus 09:36 - as pessoas eram "como ovelhas sem pastor" é o mesmo que Judite 11:19 - ovelhas sem pastor. Existem no minimo 100 citações, fica claro pra qualquer um, que Jesus era um leitor assíduo dos livros hoje chamados Deuterocanônicos. |
RESPOSTA: a) – Sabedoria 11.7 não contém profecia sobre a matança das crianças por Herodes; Leia do capítulo 10.15 até o 11.7 ,pelo contexto, claramente está falando da saída do povo de Israel do Egito e do decreto de faraó para que os primogênitos fossem mortos, nada diz de Herodes e as criancinhas. É interessante que ao falar da matança de inocentes por Herodes, Mateus se refira a Jeremias 31.15 e não a Sabedoria, que certamente não considerava como canônico. b)– A referencia correta segundo a edição da Bíblia católica é Tobias 4.16, e não 15. e reamente, Jesus ensina o inverso de Tobias; não há neste texto nenhuma referencia a Tobias, nem mesmo uma citação. O que Jesus faz aqui na sua Regra de Ouro, é discordar de Hilel (60 a.C a 9, a ele são atribuídos diversos ensinos da Mishná e do Talmud), rabino que fundou uma escola (Beit Hilel) para ensinar os mestres judeus. Ele é autor da frase, conhecida como a Regra de Ouro do judaísmo: "Não faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem a ti. Essa é toda a Torá, o resto é comentário; agora ide e aprendei". c) – Eclesiástico 27.7: este texto fala da palavra como o fruto do coração do homem, nada a ver com o texto de Jesus que fala de obras, não palavras. Jesus aqui não faz nenhuma citação de Eclesiástico, nem mesmo uma leve menção a ele. d) – A referencia de Judite, caso ela tenha usado a expressão “ovelhas sem pastor”, respondemos que Judite retirou esta expressão de Números 27.17: “(...) como ovelhas que não tem pastor”. Jesus não faz nenhuma referencia a Judite, e sim usou uma expressão do livro de Números. e)- Usando o método que os católicos usam, de procurar pequenas semelhanças em pensamentos, poderiamos dizer que Jesus citou Buda, Confúcio, Maomé e até o jornal de hoje de manhã. f) - Mostrem uma CITAÇÃO DE UM TEXTO APÓCRIFO como Escritura, algo como: "A Escritura diz..." seguida de uma citação de um texto apócrifo (vcs são inteligentes, não façam de conta que não sabem o que é citação) – mas não precisam nem procurar porque como diria o padre Quevedo... “Isso non ecsiste”. g) - Quanto a dizer que é claro que Jesus lia os apócrifos; Se Jesus os conhecia? Cremos que sim, tanto ele quanto os apóstolos. Por isso é realmente impressionante não os terem citado como Escrituras canônicas nem uma única vez; nem discordarem do canon hebraico. Não os citaram porque os conheciam, mas não os reconheciam. |
XIX
Não consegue ver a profecia nestas palavras? ("como castigo pelo decreto infanticida, tu lhes deste inesperadamente água abundante. Pois aquele que outrora fora rejeitado, exposto e desprezado com zombarias, no fim dos acontecimentos foi admirado por eles, quando estavam sofrendo uma sede diferente da sede dos justos").(Sabedoria 10) |
RESPOSTA: Não existe profecia nenhuma aí. Texto fora do contexto é pretexto. Não há nada sobre o futuro aqui, só uma descrição do passado. o verso 14 diz que os egipcios ficaram admirados daquele povo que antes zombavam, quando foram afogados no mar. |
XX
Quanto mais eu me aprofundo no estudo das Sagradas Escrituras, da História da Igreja, das outras Tradições Cristãs, mais eu me sinto confiante e parte desta Igreja que é Apostólica, Católica, Ortodoxa, Copta, Siríaca, Etíope, mais eu sinto alegria por Deus ter tido misericórdia em permitir que eu enxergasse o engano que é o protestantismo. |
RESPOSTA: Para o catolicismo não existe Ortodoxa, Copta, Siríaca, Etíope, pois a ICAR diz claramente que fora da ICAR não há salvação. Nós protestantes, no entanto, cremos que fora de Cristo não há salvação.
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Conclusão Apologética
a) - O canon hebraico, já ficou provado que não é de 100 d.C. Nos dias de Jesus já era este mesmo.
b) - Quanto à acusação absurda de que os judeus reconhecem o Talmud em pé de igualdade com a Bíblia, isto não é verdade, conforme deixa claro a referencia mais antiga ao cânon do AT da história:
Josefo (37-95 AC), em Contra Apionem escreve: “Não temos dezenas de milhares de livros, em desarmonia e conflitos, mas só vinte e dois [que são os mesmos 39 da Bíblia protestante], contendo o registro de toda a história, os quais, conforme se crê, com justiça, são divinos.”
Fica claro que os judeus do tempo de Jesus não reconheciam nem os apócrifos nem qualquer outro texto escrito ou oral como divino (e como eles foram, não são mais os guardiões dos oráculos de Deus, se eles acrescentarem qualquer coisa, estarão errados, não tem mais esta autoridade).
c)- Até o 7º século os maiores doutores da Igreja não reconheciam estes livros, e assim foi até Trento, vários papas não os reconheceram.
d) - A principal testemunha do cânon protestante do Antigo Testamento é o Novo Testamento. Jesus e os apóstolos não questionaram o cânon hebraico da época (época de Josefo, convém lembrar). Há contagens que dizem que eles citaram-no cerca de seiscentas vezes, de modo autoritativo, incluindo praticamente todos os livros do cânon hebraico. Entretanto, não citam nenhuma vez os livros apócrifos. Pode-se concluir, portanto, que Jesus e os apóstolos deram o imprimatur deles ao cânon hebraico e, conseqüentemente, ao cânon protestante.
e) - A Igreja grega, não concorda com a ICAR: Na igreja grega houve sempre dúvida na aceitação dos apócrifos, mas, no Concílio de Trulano, em 692, foram todos aceitos (quatorze). Ainda assim, como sempre houve reservas quanto à plena aceitação de muitos deles, a igreja grega, em 1672, acabou reduzindo para quatro o número dos apócrifos aceitos: Sabedoria, Eclesiástico, Tobias e Judite (ela já aceitou mais do que a ICAR e hj aceita menos, não há a tal concordancia que os católicos querem mostrar).
e) - A verdade é que estas igrejas estão erradas. O fato de que elas adotam estes livros não torna estes livros inspirados.
Da mesma forma, a Reforma protestante que veio depois destas igrejas recobrou doutrinas que estas igrejas haviam esquecido e soterrado, como a doutrina da justificação pela fé. Estas igrejas estão cheias de heresias e doutrinas de homens – inclusive a adoção destes livros para justificar estes erros.
Deus usou os Reformadores para trazer a verdade de volta para a igreja cristã.
Preferimos ficar com a companhia dos judeus, de Jesus, dos apóstolos, e dos principais pais da Igreja dos primeiros séculos, do que com a ICAR ou qualquer outra igreja.
Att: Elisson Freire.